domingo, 16 de dezembro de 2007

As marcas do tempo

Ixe!
Totalmente sem tempo...
Mas é justamente sobre ele, o tempo, que reservei um poste.
Confiram!

Foram 11 modelos presentes nas fotos do calendário Pirelli 2008. Entre elas, a única brasileira Carolini Trentini, da agência Way Models. No making off, a modelo aparece usando um laço feito de folhas de acelga e um traje da marca Dior de alta-costura, criado por John Galliano. As fotos são do fotógrafo Patrick Demarchelier e foram tiradas em Xangai, pelo fato do país ter, atualmente, o mercado consumidor mais promissor de todo o mundo. Assim como já foi com o Brasil.

Carol Trentini, 20 anos, 1m80 de altura, olhos verdes, cabelos loiros, é uma das modelos mais requisitadas da atualidade, considerada uma das queridinhas dos estilistas. Nascida em 1987 na cidade de Panambi, no Rio Grande do Sul. Foi descoberta aos 13 anos pelo agente Dílson Stein, quando andava pelas ruas de sua cidade, onde é mais forte a presença da imigração alemã. Ela já trabalhou com os principais marcas e estilistas do mundo, como Marc Jacobs, Calvin Klein, Ralph Lauren, Oscar de la Renta, Vera Wang, Louis Vuitton, Christian Dior, Chanel, Dolce & Gabbana, Versace e Valentino.

O lançamento aconteceu em 29 de novembro e a tiragem é de 20 mil cópias, 10 mil a menos que no ano anterior. O calendário é enviado como presente de Natal para os clientes especiais e celebridades. Por aqui, o material chega às 2 lojas Natal Pneus, da empresária Thayanne Flôr que gentilmente me cede o calendário, adoooro!

O calendário Pirelli, enquadrado na censura dos anos 60, surgiu em 1963, em meio rock que estava em ascensão e a Guerra do Vietnã. A primeira versão foi publicada pela filial inglesa da empresa que estava em busca de uma nova estratégia de marketing no mercado.

Não demorou muito para que o conceito, de obras de arte, como é conhecido hoje, ganhasse o mundo, até porque o calendário nunca foi comercializado, sendo distribuído apenas para pessoas selecionadas, o que ajudou a criar toda a lenda ao redor do objeto e o transformou em peça rara. A produção do calendário não parou mais de evoluir. A cada ano, são convocados os melhores produtores, sempre convidando um grande fotógrafo (geralmente de moda), uma locação especial e as melhores modelos.

A primeira fase do calendário Pirelli durou até 1975, quando a sua produção foi interrompida devido ao recesso mundial. A crise do petróleo golpeou a economia e acertou em cheio a Pirelli que entre 1975 e 1983 não os produz.

Anos 60Anos 70

A pausa na publicação, foi muito criticada pela imprensa, mostrando a falta que o calendário fazia. Por museus, sebos e cópias em todo o mundo, os dez primeiros anos de história, já tinha ficado muito clara as retratações de mudança da sociedade, avanço da tecnologia e da linguagem fotográfica.

Na década de 70, por exemplo, as cores das imagens estão mais fortes, mais quentes, as modelos cada vez mais despidas e sensuais. Sete fotógrafos participaram das edições, tornando modelos nas mulheres mais desejadas do planeta. Foram eles: Brian Duffy, Peter Knapp, Harry Peccinotti, Francis Giacobetti, Sarah Moon, Brian Duffy e Hans Feurer.

Com a retomada da economia em 1984, iniciou-se o segundo período da história, com um foco mais maduro - através de ensaios inspirados nos próprios pneus da marca - o calendário Pirelli.

Em meio ao surgimento das das super-modelos - mulheres magérrimas, lindas, glamourosas, eram pagos cachês cada vez mais altos em troca de poses mais eróticas e agressivas do que anteriormente. Os grandes destaques são, a Naomi Campbell que em 1987, então com 16 anos, num ensaio só com mulheres negras, e um ano após, foi clicado o primeiro homem da história do calendário.

Anos 80

O produto foi Martyn Walsh, que ficou na direção artística até 1994, quando começa a terceira e última fase. Depois disso, todo esse trabalho foi transferido para a sede em Milão, que tirou as referências publicitárias e voltou às origens com fotos mais artísticas.

As técnicas computadorizadas e o uso de cores de alta-definição ajudaram para que o material ficasse com mais qualidade, as fotos tornaram-se antológicas, referências. Foi nesta época que posaram Cindy Crawford e Kate Moss, que viria a ser uma das "musas" da publicação, até os dias atuais.

Em 1998, num ensaio do fotógrafo Bruce Weber colocou homens como "objeto de desejo" das mulheres.

Anos 90

Em 2001, foi à vez das brasileiras. Gisele Bündchen, Mariana Weickert, Fernanda Tavares e Ana Cláudia Michels, foram clicadas em Nápoles, na Itália, pelo peruano Mario Testino, sob o tema do glamour na Nápoles das décadas de 40 e 50.

Em 2003, as lentes de Bruce Weber clicou com destaque os modelo brasileiros Isabelli Fontana e Alessandra Ambrósio e Marcelo Boldrini, quando casais estamparam as páginas. Para a Pirelli, funcionou como uma prova de que eles ainda podem surpreender.

Em 2005, um ensaio feito no Rio de Janeiro fez referência ao culto latino e ainda exaltou tops como Gisele Bündchen e Adriana Lima.



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